Como administrar o capital de giro? 10 dicas para aplicar na sua empresa

Como é feita a gestão do capital de giro na sua empresa?

Esse é um aspecto de extrema relevância para o sucesso de qualquer modelo de negócio. Isso porque o CG se refere ao valor que a empresa mantém disponível em seu caixa após subtrair suas contas a pagar e outras obrigações financeiras.

Trata-se de uma reserva que servirá para bancar os custos da operação e a continuidade do negócio enquanto os valores a receber não entram em caixa.

Dito isso, administrar o capital de giro é um dos maiores desafios dos empreendedores, principalmente entre aqueles de pequeno e médio porte e pouco experientes.

Na verdade, já é difícil alcançar o ponto de equilíbrio - que é quando os custos da operação e as receitas são iguais -, que dirá montar uma robusta reserva financeira para emergências e investimentos.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para explicar a importância do CG e apresentar 10 dicas valiosas de como administrar capital de giro.

Gestão do capital de giro na empresa: por que é importante?

Como bem pontuamos na nossa introdução, o capital de giro é uma quantia em dinheiro que a empresa mantém em reserva para assegurar que sua operação não será interrompida por falta de recursos.

Nesse sentido, a gestão do capital de giro é importante para garantir que todas as obrigações financeiras da empresa sejam cumpridas e que o negócio continue “girando” - mesmo quando as vendas estiverem baixas ou os prazos para recebimento forem mais longos.

A administração dessa reserva de maior liquidez - que é o capital de giro - desempenha um papel-chave para a sustentabilidade financeira do seu modelo de negócio. Negligenciar esse aspecto pode fazer com que você se cubra de dívidas com juros altíssimos e, eventualmente, encerre as atividades da sua empresa.

Como administrar capital de giro? 10 dicas

Esclarecida a importância da gestão do capital de giro na empresa, que tal conferir algumas dicas para administrar melhor o CG do seu negócio?

Descubra a partir de agora 10 boas práticas que podem te ajudar a montar uma robusta reserva financeira no caixa da sua empresa.

1 - Incentive os seus clientes a pagarem à vista

Conceder aos clientes um prazo maior para efetuar o pagamento das compras é uma boa estratégia para não perder oportunidades de vendas.

No entanto, quanto mais tempo demorar para você receber o dinheiro das suas vendas, mais comprometido o CG tende a ficar.

Por isso, incentive seus clientes a pagarem à vista por meio de descontos, brindes e condições especiais.

2 - Aumente a sua margem de lucro

Aumentar a margem de lucro não necessariamente significa elevar os preços dos seus produtos ou serviços. Você também pode negociar com seus fornecedores a redução do preço de suas mercadorias e matéria-prima.

3 - Busque reduzir os seus custos operacionais

Os custos da operação também exercem impacto no capital de giro. Estude formas de reduzir as despesas da sua empresa.

Revise seus processos, corte gastos desnecessários, identifique desperdícios e estanque gargalos.

4 - Revise a sua política de preços

A boa administração do capital de giro também passa pela revisão da política de preços adotada pela empresa.

Certifique-se de que o valor repassado para os seus clientes são, de fato, competitivos com o mercado. Dessa forma, você evita sair no prejuízo com preços muito baixos e também afastar clientes com preços muito altos.

Veja também: O que é preço de venda, como fazer o cálculo e aumentar a margem de lucro?

5 - Organize o seu estoque

O estoque também é um fator que influencia o capital de giro. A má gestão do estoque pode comprometer financeiramente seu negócio.

Saiba prever o desempenho das vendas de cada produto, evitando desperdícios com o excesso de mercadorias armazenadas e também a perda de oportunidades devido à indisponibilidade de itens.

Este conteúdo pode te interessar: Dicas para controle de estoque: 8 técnicas de sucesso

6 - Estude os períodos de sazonalidade e faça campanhas direcionadas

Esta dica tem tudo a ver com a anterior. É muito importante que você entenda os períodos de sazonalidade do seu negócio. Ou seja, quais são os meses em que há uma procura maior por seus produtos e quando essa demanda costuma cair?

Ao entender a sazonalidade, você consegue controlar melhor o seu estoque e fazer campanhas direcionadas para alavancar as vendas considerando cada momento.

7 - Negocie melhores prazos com os seus fornecedores

Para não comprometer seu capital de giro, tente negociar com seus fornecedores prazos maiores para realização do pagamento. Lembra da nossa dica 1?

Pois bem. O ideal é que os prazos para recebimento sejam sempre inferiores aos prazos para pagamentos.

8 - Invista o capital de giro em título de renda fixa de maior liquidez

Não deixe o dinheiro destinado ao seu capital de giro parado na conta, pois isso fará com que ele seja corroído pela inflação.

Procure investir esse dinheiro em títulos de renda fixa com liquidez imediata, como o Tesouro Selic.

9 - Mantenha suas finanças sob controle

Fazer o controle financeiro não costuma ser uma das tarefas favoritas de quem é empreendedor. No entanto, o controle das finanças é indispensável para a boa administração do capital de giro e para a saúde do negócio.

Por meio de uma planilha ou de um software especializado, mantenha o registro atualizado de todas as suas contas, gastos, recebimentos, investimentos e vendas.

Dessa forma, fica mais fácil manter sua contabilidade em dia, realizar previsões mais precisas e compor uma reserva mais realista e segura.

10 - Escolha bem as suas fontes de capital de giro

Caso você precise recorrer a fontes externas para montar o seu capital de giro, saiba escolher de quem você vai pegar dinheiro emprestado.

Atualmente, existem fintechs de capital de giro que oferecem crédito para empresas que precisam fortalecer essa reserva.

Mas tome cuidado para não se endividar ainda mais e cair em uma bola de neve. Pesquise as melhores opções e atente-se aos juros praticados por esses credores.

O capital de giro tem como uma de suas características a volatilidade. Isso significa que ele pode aumentar ou diminuir dependendo das movimentações da empresa e de uma série de fatores internos e externos.

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