O que significa depreciação no fluxo de caixa?

Finanças 9 de Out de 2020

A depreciação no fluxo de caixa é o efeito que a desvalorização de um ativo imobilizado de uma empresa tem no cálculo do Imposto de Renda (IR) que deve ser pago pela empresa.

Os negócios fazem investimentos como compra de maquinário, automóveis, equipamentos de escritórios (computadores, impressoras, etc) e esses bem vão perdendo valor com o tempo.

A perda de valor acontece devido ao desgaste por uso, perda de utilidade, ação da natureza ou redução gradual da vida útil pela desatualização tecnológica ou de estilo.

Como todo tipo de produto pode sofrer depreciação é importante planejar investimentos de forma estratégica e ter um processo de vendas eficiente para que o estoque não “encalhe”.

Continue lendo e entenda mais sobre os efeitos da depreciação no fluxo de caixa.

O que é depreciação?

A depreciação é a perda de valor que um bem (ativo) sofre durante sua vida útil. É uma despesa que não corresponde exatamente a um pagamento, mas que tem efeito no lucro e, consequentemente no Imposto de Renda (IR).

Um carro comprado em 2015, por exemplo, tem um valor menor em 2020 do que o que foi investido para sua compra. O valor correspondente a essa perda anual é usado para o cálculo do IR.

Cada categoria de ativo possui um período de depreciação definido com uma taxa anual de desgaste para que o cálculo seja feito de forma justa.

Para ‘Máquinas e equipamentos’, por exemplo, o período de depreciação considerado são 10 anos a uma taxa de 10%. Já os ‘Veículos’ depreciam em cinco anos, a uma taxa de 20%.

Interpretações da depreciação

A depreciação pode ser interpretada de maneiras diferentes como:

- a perda gradual de valor de um bem pelo tempo de uso ou desgaste tecnológico que acontece naturalmente com todos os ativos com o passar dos anos;

- o custo parcelado de um bem quando ao invés de lançar o valor total no momento da compra, divide-se pela número de anos que ele será utilizado;

- a reserva feita para compra de um bem, uma poupança para juntar o capital necessário para fazer o investimento no futuro.

O que é fluxo de caixa?

O fluxo de caixa é o controle do fluxo de dinheiro que entra e sai do caixa físico e/ou bancário de uma empresa em um determinado período de tempo.

Esse acompanhamento é útil tanto para controle quanto para projeção dos gastos da empresa, controlando melhor os pagamentos e evitando despesas desnecessárias.

Mas a depreciação no fluxo de caixa é analisada com base no fluxo de caixa livre.

O fluxo de caixa livre é o valor do montante que sobra no caixa da empresa após serem pagas todas as despesas operacionais do negócio, ou seja, é o valor da empresa em dinheiro.

Também corresponde ao valor livre para ser utilizado para outras necessidades da rotina de um negócio.

O que significa depreciação no fluxo de caixa?

Agora que entendemos o que é depreciação e fluxo de caixa, vamos ao conceito central deste artigo.

A depreciação no fluxo de caixa é o cálculo feito descontando-se o valor depreciado dos ativos/investimentos do lucro da empresa.

O impacto da depreciação no fluxo de caixa tem efeito apenas para fins fiscais, pois ele afeta o lucro líquido sobre o qual incide a alíquota do Imposto de Renda (IR).

Já para o fluxo de caixa livre em si, a depreciação é excluída por não significar realmente uma saída do caixa.

O investimento no ativo que originou a depreciação é registrado como despesa no ano da compra e apenas a depreciação é diluída pelos anos seguintes.

Para que serve depreciação no fluxo de caixa?

A vantagem de considerar a depreciação no fluxo de caixa é conseguir uma parcela de imposto de renda menor, já que a redução afeta o lucro líquido da empresa que é a base do cálculo.

Essa subtração da depreciação no cálculo do IR é uma movimentação permitida por lei, regularizada no artigo 305 do Imposto de Renda (IR).

Essa vantagem, entretanto, deve ser vista com cautela, pois se um ativo se deprecia com o tempo significa que em algum momento o investimento deverá ser refeito.

O acúmulo de depreciação também é um alerta, pois um montante alto significa que a estrutura seja tecnológica ou de maquinário está ficando obsoleta, o que pode resultar em um alto investimento para a atualização dos itens.

Tudo isso tem impacto direto no fluxo de caixa e no gerenciamento financeiro da empresa.

Exemplo de como a depreciação entra no fluxo de caixa

Uma empresa de vendas de produtos operou por cinco anos. Durante esse período, a receita foi de R$ 3.000 e a despesa de R$ 2.700. Houve também um investimento inicial de equipamentos de R$ 1.500 com depreciações de R$ 150 por ano. A tarifa de IR é 40%.

Para calcular o lucro líquido da empresa em cada ano é subtraído da receita (3.000): as despesas (2.700) e a depreciação (150). Antes do imposto, o lucro é R$ 150. Subtraindo o imposto de R$ 60 (150 x 40%), o lucro líquido final é de R$ 90.

Já o fluxo de caixa livre é o resultado da soma do lucro líquido anual (90) com a depreciação (150), resultando no valor de R$ 240.

O investimento de R$1.500 é contabilizado no fluxo de caixa do ano 0 que corresponde ao ano de aquisição.

Gostou de aprender sobre depreciação no fluxo de caixa?

Alguns cálculos e considerações mais complexos como a depreciação no fluxo de caixa, podem ser discutidas com o seu contador para que não haja erros na inclusão dos valores nos cálculos.

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