Como saber o grau de endividamento da empresa e de que forma reverter a situação?
A pandemia do coronavírus gerou um impacto negativo na economia brasileira, atingindo as companhias de modo geral. Logo, como saber o grau de endividamento da empresa se tornou uma dúvida constante de empresários que desejam diminuir a constante perda de dinheiro nos últimos anos.
Para se ter uma ideia, um estudo realizado pela Serasa Experian, no primeiro semestre de 2020, quando se alastrou a contaminação do vírus do Covid-19, comprovou que o volume de empresas endividadas cresceu 7,3% de janeiro a junho daquele ano, em comparação ao mesmo período em 2019.
E o pior: seguindo a mesma linha, a Economática, empresa de dados de mercado, revelou que as dívidas das empresas abertas aumentaram 50% em dez anos, chegando a R$1,213 trilhão. Preocupante, né?
Desse modo, não há dúvidas de que a alternativa para a reversão de um quadro caótico é avaliar os fatores prejudiciais na economia. Para isso, neste artigo, vamos mostrar como fazer o cálculo do grau de endividamento. Acompanhe a gente!
O que é grau de endividamento?
O grau de endividamento é um indicador que apresenta a saúde financeira de uma instituição. Ele descobre se a instituição usa algum recurso de terceiros (empréstimos, por exemplo) ou dos proprietários.
Sendo assim, o índice de endividamento de uma empresa alto compromete o fluxo de caixa para pagamento de parte das dívidas e dos juros.
Isso significa que, quanto maior o capital de terceiros, ou seja, quanto maiores as obrigações em relação ao capital próprio, maiores serão as dívidas da companhia.
É por isso que, na hora de realizar o cálculo do grau de endividamento, os gestores analisam todas as variáveis para entender os motivos da má empregabilidade financeira.
Grau de endividamento: como calcular?
O cálculo de Índice de Endividamento Geral (EG) serve para saber quanto estão comprometidos os ativos (contas a receber) e os passivos (contas a pagar) de uma empresa.
O uso da fórmula do grau de endividamento é feito a partir do total de capital de terceiros, isto é, considerando a passividade de curto prazo (período de até um ano) e longo prazo (mais de um ano), e os ativos da companhia.
Sendo assim, considerando:
Capital de terceiros: passivo de curto prazo + passivo de longo prazo)
A equação é?
EG = (Capital de Terceiros / Ativos) x 100
Para exemplificar, supomos que a empresa possua R$2 milhões de ativos para receber e dois tipos de passivo, o de curto prazo, de R$150mil, e o de longo prazo, R$300 mil.
Assim, temos:
Ativos totais = R$2.000.000
Passivos de curto prazo = R$100.00
Passivos de longo prazo = R$300.00
Desse modo, a conta é:
EG = (400.000 / 2.000.000) X 100
EG = 200 x 100
EG = 20%
Vale frisar que o resultado não significa que a empresa esteja em mau momento e, por isso, tem dificuldades em sair do endividamento. Deve-se pensar que, quanto menor o índice de endividamento, melhor será a situação da organização.
No exemplo acima, é possível perceber que a empresa possui baixa dependência do capital de terceiros (20%). Em contrapartida, deve-se observar que o resultado deve ser avaliado conforme a capacidade de pagamento da empresa.
Em termos de comparação, se outra companhia estiver em situação menos favorável, apresentando um índice de endividamento alto, isso demonstra que uma empresa com percentual menor, como a do exemplo acima, não esteja totalmente em desvantagem.
Como reduzir o grau de endividamento?
Desconhecer os problemas financeiros e não ter um controle adequado são situações muito comuns que levam empresas ao endividamento. Novos hábitos devem ser implementados para reverter o quadro e, assim, conquistar maior planejamento e organização.
Em vista disso, listamos quatro medidas que podem ser feitas para que a empresa volte ao saldo positivo. São elas:
1. Anote as causas do endividamento
Não adianta procurar soluções se você não entende o seu problema. Simplesmente achar que a sua situação financeira pode ser revertida a curto prazo não é um bom sinal. É preciso fazer um diagnóstico completo sobre as finanças da empresa, como os investimentos.
Procurar a ajuda de um especialista é bem-vindo.
2. Determine os cortes e redução de gastos
O primeiro passo para diminuir gastos desnecessários é encontrar bons fornecedores que apresentem valores acessíveis e com boa qualidade de produtos e serviços.
3. Invista em interação a equipe
Quando não há interação entre os setores de uma empresa, revela-se um ambiente caótico, com comunicação falha e baixa produtividade. Por isso, criar ações voltadas a um bom relacionamento faz com que os funcionários trabalhem com mais entusiasmo.
4. Estabeleça prioridades de conta
Concentre-se nas dívidas, criando uma tabela com as mais urgentes a serem quitadas. Nesse sentido, avalie os juros, períodos de endividamento, riscos e custos, por exemplo.
Como garantir o saldo positivo da sua empresa?
Após entender o que é grau de endividamento e como calcular, fica mais fácil perceber os riscos da má gestão financeira de uma empresa. Afinal, nem todos os investidores têm capital necessário para iniciar um empreendimento ou fazer as melhorias necessárias.
Mas isso não significa que você deva desistir de alavancar o seu negócio.
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