Quais as diferenças entre marketplace e e-commerce?
Quando empresários e lojistas decidem iniciar suas vendas pela internet, modalidade que segue crescendo todos os anos no Brasil, sempre surgem algumas dúvidas iniciais. Entre as mais comuns está a escolha do modelo de vendas: marketplace ou e-commerce? Entender as diferenças entre os dois é essencial para descobrir qual a melhor opção para o seu negócio.
Quando falamos em e-commerce, nos referimos a criação de uma loja virtual própria, exclusiva para a sua marca, assim como uma loja física só que, nesse caso, hospedada na web.
Já um marketplace se refere a um espaço virtual que abrange diversos lojistas, como acontece em um shopping físico: o dono disponibiliza a tecnologia para fornecedores venderem seus produtos e, em troca, recebe uma porcentagem das vendas. O destaque, portanto, fica em torno da marca do marketplace.
As Lojas Americanas, considerada a maior loja virtual do Brasil e que funciona com tecnologia de marketplace, tem como slogan: ‘’Tudo. A toda hora. Em qualquer lugar.”
Isto é, o consumidor consegue encontrar uma gama muito ampla de produtos porque o portal tem cadastrado centenas de lojistas e marcas espalhadas em diversos cantos do Brasil.
Tamanha variedade é algo muito vantajoso para os consumidores, mas imprime uma das principais características dos marketplaces: pouca diferenciação, alta concorrência e foco no menor preço.
Afinal, se o usuário consegue encontrar diversos modelos de um mesmo produto a um clique, certamente ganhará aquele que consegue oferecer o preço mais vantajoso.
Para conseguir novos lojistas, a marca divulga as seguintes vantagens em seu portal:
- Aumento das vendas em larga escala
- Muito alcance: dentre as grandes vantagens de se fazer parte de um marketplace é o tráfego alto. Uma empresa pequena ou pouco conhecida fica associada a uma grande marca e ganha relevância junto com ela. O portal divide os custos de marketing e divulgação com vários lojistas.
- Não é necessário investimento inicial: além de não existirem taxas de adesão, a plataforma já está pronta, portanto, o lojista não precisa construir uma loja do zero. Ele fica somente responsável pela administração dos pedidos, estoque e logística de entrega.
- Plataforma robusta: marcas grandes geralmente oferecem tecnologias de qualidade.
- Segurança: a plataforma já vem com sistemas antifraude e outros recursos que garantem segurança das vendas.
No entanto, o que as Lojas Americanas divulgam como “somente 16% de comissão”, pode pesar no bolso de alguns lojistas. Dependendo do valor do seu produto, o retorno financeiro pode não valer a pena.
É necessário vender muito! E se o preço for a única arma para vencer a concorrência, é preciso avaliar se fazer parte de um marketplace está mesmo dentro da sua estratégia de vendas.
Além disso, em marketplaces, quando o consumidor adiciona mais de um produto no carrinho de compras, a entrega geralmente possui preços e prazos diferentes, já que os produtos pertencem a lojistas diferentes.
Ainda que os grandes players utilizem ferramentas de split de pagamento, que permite o cliente fazer um único check-out, essa diferença nem sempre agrada o consumidor.
Em um e-commerce, sua marca é a grande estrela. Criar uma loja virtual própria é ideal para quem vende produtos com alta diferenciação ou deseja criar nichos de mercado.
De fato, é necessário um investimento inicial alto para planejar, desenvolver e lançar a loja virtual, mas o lucro das vendas é 100% seu. Lembre-se que o investimento inicial pode ser maior, em comparação aos marketplaces, mas os ganhos podem vir a longo prazo.
Se a loja é somente sua, a concorrência é controlada. É claro que existem diversas outras lojas na web disputando a atenção do público, mas no seu portal o único produto disponibilizado é seu: você é quem decide o preço e lança a promoção que desejar! O desafio fica, portanto, em torno da divulgação.
O investimento em marketing digital é responsabilidade do lojista. E não se pode economizar! Investir em divulgação é crucial para aumentar o tráfego, já que um e-commerce próprio tem menor visibilidade em comparação aos marketplaces. Se o público não conhece a sua loja e não é capaz de encontrá-la na internet, as vendas simplesmente não acontecem.
Qual a melhor opção para seu negócio?
Dadas as principais diferenças entre marketplace e e-commerce, o segredo para encontrar a melhor estratégia para seu negócio é conhecer muito bem o seu produto e seus objetivos comerciais.
Como já falamos, se você vende o que “muitos vendem”, como calçados, livros ou eletrônicos, por exemplo, fazer parte de um marketplace pode ser uma excelente opção.
Por outro lado, se o seu produto tem um alto grau de diferenciação: destinado a um público específico, feito com materiais especiais ou é focado em uma determinada região, talvez comercializá-lo em um marketplace, cujo preço costuma ser o maior atrativo, não seja a melhor alternativa: considere criar um e-commerce.
A verdade é que não existem regras. E também não existe uma opção mais barata ou mais cara. Existem duas modalidades de venda online que resolvem um problema específico do consumidor.
A escolha dependerá totalmente do seu público-alvo, das características do seu produto, do plano de negócios e do orçamento.
Falando em não haver regras, você já ouviu falar nos marketplaces de nicho? Existem portais que dividem o espaço com lojistas de segmentos bem específicos: de artesanato, materiais artísticos e instrumentos musicais, por exemplo.
Esses modelos podem ser ideais para pessoas que têm pouco conhecimento em e-commerce e pouco capital inicial, mas que já sentiram a necessidade de vender pela internet.
Outro fenômeno comum é das empresas que começam se introduzindo nos marketplaces como uma maneira de “manter as vendas ativas” enquanto sua marca ganha certa reputação, para que no futuro também criem um e-commerce.
Por fim, existe a possibilidade de vender pelo marketplace e pelo e-commerce ao mesmo tempo. Para quem já possui uma loja virtual, esse processo é facilitado por meio dos módulos de integração da plataforma.
Você ganha visibilidade no marketplace, fazendo com que o cliente conheça sua marca pela primeira vez, possibilitando, inclusive, que ele acesse o seu próprio portal e encontre preços mais acessíveis.
Não esqueça que vivemos em uma era multicanal, então é totalmente plausível que o consumidor percorra diversos meios - marketplace, e-commerce, loja física - antes de concluir a compra.
Esperamos que as diferenças entre marketplace e e-commerce tenham ficado claras. Coloque tudo na balança na hora de fazer a melhor escolha para seu negócio: opções disponíveis, custos operacionais, taxas, tempo para conseguir o retorno financeiro.
Só assim será possível tomar a decisão certa!
Esse guest post foi escrito pela Flexy Plataforma de E-commerce, que há mais de 8 anos atua com soluções inteligentes para vendas online. Proporcionamos tecnologia inovadora que transforma empresas, ampliando suas vendas e reduzindo seus custos.